quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Alcione, cantora

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Alcione Dias Nazareth nasceu em 1947, na Rua do Coqueiro, em São Luís do maranhão. O nome de batismo foi ideia do pai, inspirado na sofrida personagem "Renúncia", romance espírita de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier. É a quarta de nove irmãos (Ubiratan, Wilson, Ribamar, João Carlos, Jofel, Ivone, Maria Helena e Solange), sendo a mais velha das mulheres. Seu pai, João Carlos Dias Nazareth, foi mestre e maestro da banda da Polícia Militar do Maranhão e professor de música. Além disso, foi compositor e eterno apaixonado pelo bumba-meu-boi, folguedo típico da capital maranhense.

Foi ele quem lhe ensinou, ainda criança, a tocar diversos instrumentos de sopro, como clarinete, que começou a estudar aos onze anos.
Com essa idade, Alcione tocava e cantava nas festas de amigos e familiares, e na "Queimação de Palhinha" da festa do Divino Espírito Santo.
Porém, sua mãe, Felipa Telles Rodrigues, uma lavadeira e passadeira de mão cheia, cultivava o desejo de que a filha aprendesse a tocar acordeão ou piano. Dona Felipa não queria que Alcione aprendesse a tocar instrumentos de sopro, temendo que a filha ficasse tuberculosa.

Sua primeira apresentação profissional foi aos doze anos, na Orquestra Jazz Guarany, da qual seu pai era integrante.
Certa noite, o crooner da orquestra ficou doente, sendo substituído pela menina, que, mais tarde, após uma excursão pelo Nordeste, ficaria conhecida como "Marrom". Na ocasião, cantou com sucesso a música "Pombinha Branca" e o fado "Ai, Mouraria".

Formou-se professora primária na Escola Normal, lecionou por dois anos e continuou a dedicar-se à música, se apresentado na TV do Maranhão nos anos de 1965 e 1966.

Em 1968, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi trabalhar na cantina do Ministério da Fazenda e, posteriormente, como balconista em uma loja de discos.

Começou cantando na noite levada pelo cantor Everardo, que ensaiava no Little Club, uma boate situada no conhecido Beco das Garrafas, reduto histórico do nascimento da bossa nova, em Copacabana. Cantou também em boates como Barroco, 706, Bacarat, Holliday e Bolero.

Trabalhou na TV Excelsior e, apadrinhada por Jair Rodrigues, gravou seu primeiro compacto em 1972. O primeiro LP foi "A voz do samba", de 1975, que trouxe o clássico "Não Deixe O Samba Morrer". A música ficou 22 semanas em primeiro lugar nas paradas de sucesso. Em 1979, com "Gostoso Veneno", voltou ao topo da lista das canções mais tocadas do Brasil. Ao longo da carreira, a cantora já recebeu 21 discos de ouro, cinco de platina e um duplo de platina. Em 2009, lançou o CD "Acesa".

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Cineasta, roteirista, cronista, ilustrador, educador, nascido na Vila Santa Isabel, Zona Leste de São Paulo.

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