sábado, 18 de abril de 2015

Barry White, cantor, compositor, maestro e produtor musical (1944-2003)

Compositor de inúmeros sucessos em estilo soul e disco e de baladas românticas, e um intérprete com voz profunda e grave.

Filho de uma professora de piano, ele fez sua primeira gravação profissional em 1956, aos 12 anos, tocando o instrumento na faixa "Goodnight my Love", cantada por Jesse Belvin (1932-1960).

O início promissor, no entanto, foi interrompido por problemas com a lei. Em 1960, aos 16 anos, ele já era pai de dois filhos e estava envolvido com gangues de Los Angeles quando foi preso por roubo.

Ao sair da prisão, o músico se dedicou a compor e fazer arranjos de canções para selos californianos e deixou o crime para trás.

O sucesso veio em 1972 com "Walking in the Rain with the One I Love", música assinada por ele e gravada pelo trio Love Unlimited. A canção vendeu mais de meio milhão de cópias e encorajou Barry, que fez uma participação vocal o hit, a se lançar também como cantor.

Em carreira solo, trilhou o caminho da disco music de letras românticas e sensuais. Durante a década de 1970, foi responsável por vários sucessos, como "I'm Gonna Love You Just a Little More, Baby" e "You're the First, the Las, my Everything".

Sua sorte virou na década de 1980, com o declínio da disco music. Barry passou por um período de ostracismo até se recuperar em 1992, quando gravou o dueto "All Around the World", com a britânica Lisa Stansfield.

Os anos que se seguiram foram muito produtivos. A cena de dance music, que ressurgiu na década de 1990, e parcerias com hitmakers da época garantiram anos de lançamentos bem-sucedidos como o álbum "Staing Power", de 199, cuja faixa-título levou dois Grammy.

Em fins dos anos 1990, apareceu várias vezes na série de TV Ally McBeal, o que contribuiu para revitalizar sua carreira. Foi também inspirador do personagem "Chef" do desenho animado South Park. Lançou em 1999 uma autobiografia.


A carreira de Barry foi encerrada com sua morte, em 4 de julho de 2003, quando tinha 58 anos. O músico sofria de pressão alta e insuficiência renal.

O seu corpo foi cremado e as suas cinzas foram atiradas ao Oceano Pacífico, na costa californiana.

Juliana Calderari
(Folha de São Paulo)

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