quarta-feira, 18 de junho de 2014

George Washington Carver, botânico, inventor, cientista e agrônomo (1864-1943)

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Como era filho de escravos, nem nome ele tinha. Por isso foi chamado pelo nome do primeiro presidente norte-americano George Washington, enquanto que Carver veio do patrão a quem ele pertencia. Ainda menino, demonstrou inteligência e raciocínio rápido, e ganhou da família Carver a oportunidade de estudar em uma escola missionária, pois os negros não eram admitidos em escolas para brancos.

Carver conseguiu terminar o ensino fundamental e mudou-se para o Kansas, onde concluiu o Ensino Médio. Em 1891 conseguiu, mesmo sendo negro, ser admitido como aluno na Universidade de Iowa, onde se tornou Bacharel em Ciências, no ano de 1894. Em 1897, ele concluiu o seu Mestrado em Ciências Botânicas e foi admitido como professor assistente na mesma universidade, sendo o primeiro negro norte-americano a ensinar em uma escola de Nível Superior.

Foi convidado a dirigir o Normal and Industrial Institute for Negroes, um instituto que preparava os negros do sul, no Alabama, para o mercado de trabalho. A agricultura americana, naquela época, estava passando por uma de suas piores crises, e muitos fazendeiros estavam falindo. Essa recessão se refletia no instituto, que também vivia uma crise financeira.

Carver desenvolveu 325 produtos derivados do amendoim e mais de 100 outros produtos, derivados da soja e da batata-doce. Eram massas, pastas, fibras, vitaminas, óleos, alimentos variados, rações e até medicamentos. Com isso, libertou o sul dos EUA de sua dependência exclusiva do algodão, contribuindo para um grande desenvolvimento da região. Conseguiu ensinar suas descobertas para os dirigentes africanos, que contribuíram para minimizar o problema da fome naquele continente. Até hoje seus princípios e descobertas são utilizados por inúmeros setores industriais. 
Harmonizando Ciência, Fé – e Humildade

Carver não era muito conhecido ainda quando foi escolhido pelos produtores de amendoim para representá-los diante do Congresso dos Estados Unidos e convencer os deputados da importância do setor e da necessidade do apoio do governo. Como negro, foi até vaiado por alguns deputados racistas antes de iniciar sua apresentação, mas não se intimidou. Inicialmente só lhe concederam míseros dez minutos para defender sua causa, mas foi o suficiente para chamar a atenção da comissão, que ampliou esse tempo várias vezes, até que completasse sua apresentação. A partir dessa conquista, Carver recebeu muito mais atenção do governo, da mídia e de outros cientistas.

Carver foi amigo de presidentes dos Estados Unidos, ministros da agricultura e empresários. Henry Ford e Thomas Edison ofereceram altas somas de dinheiro (com salário comparável a quase um milhão de dólares por ano em valores atuais) para Carver largar o instituto e trabalhar em suas empresas de invenções; Carver, porém, não aceitava, pois preferia continuar trabalhando para o desenvolvimento de seu povo. Sua maior motivação era melhorar a sorte do homem no degrau inferior da escada social, o pequeno lavrador escravizado pela ignorância e falta de recursos, à mercê do mercado e da terra empobrecida pelo cultivo do algodão. 

Fonte: 
http://www.revistaimpacto.com.br

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Por

Cineasta, roteirista, cronista, ilustrador, educador, nascido na Vila Santa Isabel, Zona Leste de São Paulo.

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