quinta-feira, 10 de julho de 2014

Wilma Rudolph, atleta (1940-1994)

Negros Geniais, Wilma Rudolph, ação afirmativa, atletas negros, Rogério de Moura
Wilma Glodean Rudolph foi a primeira mulher americana a ganhar três medalhas de ouro em uma Olimpíada.

Chamavam-na de "Pérola Negra", "o Gazelle Preto" e "a mulher mais rápida do mundo." Em 1960, Wilma Rudolph tornou-se a primeira mulher americana a ganhar três medalhas de ouro em uma Olimpíada. 

Wilma Glodean Rudolph nasceu na cidade de Clarksville, no estado do Tenesse, EUA, em 23 de Junho de 1940, vigésima filha de uma família de 22 filhos. 

Nasceu prematura e teve diversas doenças na infância como sarampo, varicela, coqueluche caxumba, escarlatina e pneumonia. Como a segregação racial era muito intensa, só havia um médico negro e a família não tinha dinheiro para pagar o tratamento, sempre foi cuidada em casa pela sua mãe. 

Aos 7 anos, foi diagnosticada com poliomielite, uma doença incurável. Foi dito pelos médicos que nunca mais andaria. Com isso, sua mãe a levava três vezes por semana a um hospital da escola de Medicina para negros a 80 km da cidade que morava e fazia massagens em suas pernas 4 vezes por dia com auxílio de toda a família. Wilma passou a conseguir caminhar com órteses e, aos 12 anos, voltou a caminhar sem a ajuda de qualquer aparelho.

Com essa idade, voltou a andar e passou a integrar o time de basquete de sua escola, mas foi incentivada pelo técnico da equipe de atletismo a integrar essa equipe. No início, perdia todas as corridas, mas com grande persistência, foi melhorando seu desempenho de forma que, aos 16 anos, passou a integrar a equipe olímpica Norte-Americana nas olimpíadas de Melbourne em 1956, onde foi medalhista de bronze. Em 1960, foi para as olimpíadas de Roma, onde foi medalhista de ouro em três modalidades.

Ao retornar de Roma, voltou com o status de uma das maiores velocistas do planeta. Houve um desfile na sua cidade para recebê-la, no qual ela fez questão que fosse um desfile não-segregado, bem como o banquete de comemoração. Foi a primeira vez na história da cidade em que brancos e negros se juntaram para uma comemoração conjunta. Após, ela participou do movimento contra as leis da segregação até que essas leis municipais foram abolidas.

Foram feitos vários filmes e documentários sobre a sua vida. Sua história ficou famosa em todo o país devido à sua auto-superação para vencer as seqüelas motoras de uma doença e se tornar uma grande atleta e se tornou a base para o movimento da sociedade e do governo Norte-Americano para erradicação da poliomielite.

Deu diversas palestras em escolas e em universidades nos EUA sobre a sua trajetória esportiva. Tornou-se também comentarista esportiva na televisão. Em 1967, aos 27 anos, foi convidada pelo vice-presidente dos EUA a realizar um trabalho de inclusão social através do esporte em guetos das 16 maiores cidades Americanas para jovens em exclusão social. Nessa mesma época, fundou sua própria organização que fornecia apoio esportivo e acadêmico para esses jovens.

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Fonte:
www.manythings.org



Por

Cineasta, roteirista, cronista, ilustrador, educador, nascido na Vila Santa Isabel, Zona Leste de São Paulo.

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