Um professor negro hoje em dia é coisa normal, é
claro. Nos anos 1960 a coisa não era assim. Era uma espécie de ET
na Educação. Nas fotos, geralmente era o único negro.
O professor Osvaldo Sebastião Novaes de Moura era
um desses ETs. Preocupava-se não apenas com a educação dos alunos
mas, também, com a formação do cidadão. Principalmente os alunos
mais pobres, para quem não passava a mão na cabeça e era até mais
exigente. Ou seja, "ensinava a pescar".
Sua biblioteca de vários livros estava sempre à
disposição de qualquer aluno que lhe fizesse uma visita ou fosse
lhe pedir aulas de reforço caso estivesse com notas baixas. Ainda
hoje há quem comente sobre a influência positiva que o professor Osvaldinho (chamavam-no no diminutivo, apesar de seu quase dois metros de altura) exerceu em
suas vidas.
Nepotismo à parte, ele foi meu pai e merece ser
citado neste blog. Professor Osvaldo Sebastião Novaes de Moura.
Infelizmente, partiu cedo demais. Antes que eu me
tornasse adulto e pudesse lhe fazer inúmeras perguntas sobre sua
experiência de vida.
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