Zaíra Cavalcanti, cantora e atriz (1913-1981)

Zaíra Baltazar Cavalcanti, ou apenas Zaíra Cavalcanti, nasceu na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 1º de outubro de 1913. Nos anos 20, a convite do empresário e escritor Mário Ulles, vai para o Rio de Janeiro, onde estreia como cantora, numa companhia de teatro ligeiro, encabeçada pelo ator Alfredo Silva. Depois de excursionar pelo País, estreia no teatro de revista, em Santos, na Companhia Arruda. Em seguida, foi corista da Companhia de Revistas Tro-ló-ló e atuou nos teatros Carlos Gomes e Glória e no cabaré Alcazar. Em 1927, atua na revista "Você Quer é Carinho", de Nelson de Abreu, Luís Iglézias e Geysa Bôscoli com músicas de Paraguassu e Sinhô.

Depois de trabalhar ao lado de Aracy Cortes, Mesquitinha e Olga Navarro, em janeiro de 1930, estreia na revista "Dá Nela", seu maior sucesso e consagração, em que interpreta a música que dá título à revista, uma marchinha de Ary Barroso campeã do carnaval de 1930, posteriormente gravada por Francisco Alves.

Faz carreira no Teatro Recreio e chega a ser a estrela máxima de Walter Pinto, nos anos 40. Entre seus sucessos no tradicional teatro estão "Eva Querida" (1935); "No Lesco-lesco" (1941); "A Cabrocha não é Sopa" (1942); "Tico-tico no Fubá" (1945). Gravou sete discos, sendo que sua marca registrada é a interpretação musical.

Atua até meados dos anos 50, fazendo participações especiais em revistas e shows. Morre, no dia 11 de setembro de 1981, no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, aos 67 anos.

Discografia:
(1932) Quando escuto você cantar/Quando tu fores bem velhinho • Odeon • 78
(1932) Nossas cores/Não terás perdão • Odeon • 78
(1931) Caranguejo também sobe no arvoredo/Sem querer... • Parlophon • 78
(1930) Diga/canção dos infelizes • Odeon • 78
(1930) Pedaço de mau caminho/Gongá • Parlophon • 78
(1930) Orgia/Por que? • Parlophon • 78

Fonte:
http://teatropedia.com