Alcione Dias Nazareth nasceu em 1947, na Rua do Coqueiro, em
São Luís do maranhão. O nome de batismo foi ideia do pai, inspirado na sofrida
personagem "Renúncia", romance espírita de Emmanuel, psicografado por
Chico Xavier. É a quarta de nove irmãos (Ubiratan, Wilson, Ribamar, João
Carlos, Jofel, Ivone, Maria Helena e Solange), sendo a mais velha das mulheres.
Seu pai, João Carlos Dias Nazareth, foi mestre e maestro da banda da Polícia
Militar do Maranhão e professor de música. Além disso, foi compositor e eterno
apaixonado pelo bumba-meu-boi, folguedo típico da capital maranhense.
Foi ele quem lhe ensinou, ainda criança, a tocar diversos
instrumentos de sopro, como clarinete, que começou a estudar aos onze anos.
Com essa idade, Alcione tocava e cantava nas festas de
amigos e familiares, e na "Queimação de Palhinha" da festa do Divino
Espírito Santo.
Porém, sua mãe, Felipa Telles Rodrigues, uma lavadeira e
passadeira de mão cheia, cultivava o desejo de que a filha aprendesse a tocar
acordeão ou piano. Dona Felipa não queria que Alcione aprendesse a tocar
instrumentos de sopro, temendo que a filha ficasse tuberculosa.
Sua primeira apresentação profissional foi aos doze anos, na
Orquestra Jazz Guarany, da qual seu pai era integrante.
Certa noite, o crooner da orquestra ficou doente, sendo
substituído pela menina, que, mais tarde, após uma excursão pelo Nordeste,
ficaria conhecida como "Marrom". Na ocasião, cantou com sucesso a
música "Pombinha Branca" e o fado "Ai, Mouraria".
Formou-se professora primária na Escola Normal, lecionou por
dois anos e continuou a dedicar-se à música, se apresentado na TV do Maranhão
nos anos de 1965 e 1966.
Em 1968, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi trabalhar
na cantina do Ministério da Fazenda e, posteriormente, como balconista em uma
loja de discos.
Começou cantando na noite levada pelo cantor Everardo, que
ensaiava no Little Club, uma boate situada no conhecido Beco das Garrafas,
reduto histórico do nascimento da bossa nova, em Copacabana. Cantou também em
boates como Barroco, 706, Bacarat, Holliday e Bolero.
Trabalhou na TV Excelsior e, apadrinhada por Jair Rodrigues,
gravou seu primeiro compacto em 1972. O primeiro LP foi "A voz do
samba", de 1975, que trouxe o clássico "Não Deixe O Samba
Morrer". A música ficou 22 semanas em primeiro lugar nas paradas de
sucesso. Em 1979, com "Gostoso Veneno", voltou ao topo da lista das
canções mais tocadas do Brasil. Ao longo da carreira, a cantora já recebeu 21
discos de ouro, cinco de platina e um duplo de platina. Em 2009, lançou o CD "Acesa".
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