quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Raquel Maia, CEO da Pandora, uma das maiores joalherias do mundo


Rachel Maia começou uma palestra recente em São Paulo com a frase: “Represento, sim, 0,4% do universo de presidentes”.

CEO da operação brasileira da Pandora, uma das maiores joalherias do mundo.

Trajetória
Rachel tinha um diploma em Ciências Contábeis da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) quando começou a trabalhar na 7-Eleven, empresa americana com uma cadeia de lojas de conveniência em vários países, nos anos 1990.

Quando a companhia deixou o Brasil, ela usou o dinheiro da rescisão para “investir em mim mesma”. Foram dois anos em Vancouver, no Canadá, onde estudou inglês e administração. 

Pelo menos um mês por ano para novas especializações, como cursos de liderança e negócios na USP, Harvard Business School e Fundação Getulio Vargas.

Quando voltou ao Brasil, tornou-se gerente financeira da Novartis, grupo farmacêutico onde trabalhou por quatro anos, um deles nos EUA. Até então, suas indústrias de interesse eram a farmacêutica e a automobilística – nada mais.

Apaixonada por arte e especialmente por Pablo Picasso, ela estava em Nova York quando decidiu voltar a São Paulo impulsivamente para conhecer a filha do pintor, Paloma Picasso, que estava lançando uma linha de joias com a Tiffany & Co., uma das joalherias mais tradicionais do mundo.

Foi ali, em 2000, que caiu no mundo do luxo por acaso. Abordada por um headhunter, descobriu que a empresa buscava uma mulher especializada em contabilidade e capaz de falar inglês. 

Apesar de não ter interesse na área, aceitou fazer o processo seletivo, que mesmo com a clara preferência por mulheres incluía diversos homens – ainda era difícil, na época, encontrar quem preenchesse todos os requisitos.

Selecionada, Rachel acabou passando sete anos como CFO da Tiffany & Co. no Brasil até ser abordada novamente, dessa vez por representantes da Pandora, que lhe ofereceram o cargo de CEO e a missão de instalar a empresa – que faturou cerca de US$ 3 bilhões globalmente em 2016 – no país.

Desde então, fez crescer agressivamente o negócio. Se em 2009 eram dois pontos de venda, atualmente a Pandora soma 92, entre franquias e lojas próprias, além do canal de e-commerce. 

Extraído de texto de:
Por Ana Pinho, do Na Prática

Por

Cineasta, roteirista, cronista, ilustrador, educador, nascido na Vila Santa Isabel, Zona Leste de São Paulo.

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