domingo, 10 de agosto de 2014

Tereza de Benguela, líder quilombola

"Rainha Tereza", como ficou conhecida em seu tempo, viveu na década de XVIII no Vale do Guaporé, no Mato Grosso. Liderou o Quilombo de Quariterê após seu companheiro, José Piolho, ter sido morto por soldados.

O quilombo abrigava mais de 100 pessoas entre negros e índios. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século.

Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa. Ali, era cultivado o algodão, que servia posteriormente para a produção de tecidos. Havia também plantações de milho, feijão, mandioca, banana, entre outros. Alimentos excedentes eram comercializados fora dos quilombos.

Tereza comandou a estrutura política, econômica e administrativa do Quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou resgatadas das vilas próximas.

Os objetos de ferro utilizados contra a comunidade negra que lá se refugiava eram transformados em instrumento de trabalho, visto que dominavam o uso da forja.

Dizem que Tereza liderou um levante de negros e índios, instalando-se próximo a Cuiabá, não muito longe da fronteira com a atual Bolívia. Durante décadas, Teresa esteve à frente do quilombo, o qual sobreviveu até 1770, século XVIII.

Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770. Alguns dizem que a causa foi suicídio; outros, execução ou doença.   

Foi instituído o Dia 25 de Julho como Dia Internacional das Mulheres Negras da América Latina e do Caribe e Dia de Tereza de Benguela.

A história da "Rainha" foi relembrada em 1994 pela escola de samba Unidos da Viradouro no samba-enredo "Tereza de Benguela, uma rainha negra no Pantanal"

Fontes:

Unegro Rio de Janeiro
unegroriodejaneiro.blogspot.com.br

Carro alegórico na Marquês de Sapucaí com a representação de Tereza de Benguela


Por

Cineasta, roteirista, cronista, ilustrador, educador, nascido na Vila Santa Isabel, Zona Leste de São Paulo.

0 comentários:

Postar um comentário

 

© 2013 Rogério de Moura