"Rainha Tereza", como ficou conhecida em seu
tempo, viveu na década de XVIII no Vale do Guaporé, no Mato Grosso. Liderou o
Quilombo de Quariterê após seu companheiro, José Piolho, ter sido morto por
soldados.
O quilombo abrigava mais de 100 pessoas entre negros e
índios. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século.
Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de
Parlamento e de um sistema de defesa. Ali, era cultivado o algodão, que servia
posteriormente para a produção de tecidos. Havia também plantações de milho,
feijão, mandioca, banana, entre outros. Alimentos excedentes eram
comercializados fora dos quilombos.
Tereza comandou a estrutura política, econômica e
administrativa do Quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas
com os brancos ou resgatadas das vilas próximas.
Os objetos de ferro utilizados contra a comunidade negra que
lá se refugiava eram transformados em instrumento de trabalho, visto que
dominavam o uso da forja.
Dizem que Tereza liderou um levante de negros e índios,
instalando-se próximo a Cuiabá, não muito longe da fronteira com a atual
Bolívia. Durante décadas, Teresa esteve à frente do quilombo, o qual sobreviveu
até 1770, século XVIII.
Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770. Alguns
dizem que a causa foi suicídio; outros, execução ou doença.
Foi instituído o Dia 25 de Julho como Dia Internacional das
Mulheres Negras da América Latina e do Caribe e Dia de Tereza de Benguela.
A história da "Rainha" foi relembrada em 1994 pela
escola de samba Unidos da Viradouro no samba-enredo "Tereza de Benguela,
uma rainha negra no Pantanal"
Fontes:
Unegro Rio de Janeiro
unegroriodejaneiro.blogspot.com.br
Carro alegórico na Marquês de Sapucaí com a representação de Tereza de Benguela |
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