sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Waldir Onofre, ator e cineasta (1934-2014)

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Um dos primeiros cineastas negros do país.

Uma das figuras humanas mais queridas e respeitadas da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Waldir Onofre foi o cineasta negro que quebrou paradigmas ao escrever, dirigir e produzir, em 1975 – em pleno auge do regime da Ditadura Militar – o filme "As Aventuras Amorosas de Um Padeiro", com Paulo Cesar Pereio.

Em final dos anos 80 e inicio dos anos 80, revolucionou o teatro na Zona Oeste com o espetáculo "A Noite do Alô", que chamou atenção não somente da crítica, mas do público em geral.

Waldir atuou em dezenas de filmes brasileiros, todos com papéis marcantes. Trabalhou com os principais cineastas do cinema brasileiro, como Nelson Pereira dos Santos ("O Amuleto de Ogum", "Memória do Cárcere" e "A Terceira Imagem do Rio"); Cacá Diegues ("Ganga Zumba" e "Quilombo"); Joaquim Pedro de Andrade ("Macunaíma"); Leon Hirszman ("A Falecida"); Paulo Thiago ("Os Senhores da Terra", "Sagarana: O Duelo e Jorge", "Um Brasileiro"); Sérgio Rezende ("O Homem da Capa Preta" e "Mauá – O imperador e o Rei"); Bruno Barreto ("O que é Isso Companheiro?").

Foram dezenas de filmes e novelas em papéis marcantes. Mas a grande característica de Waldir Onofre era ser um exemplo de compamheirismos e dignidade. 

Tive a honra conhecê-lo em 1977, quando eu iniciava na Sétima Arte como Boy de Set do filme "A Dama do Lotação". Tornamo-nos amigos; nos nossos encontros eu lembrava-o dele ter sido o primeiro ator com quem tive contato e conheci. Waldir se alegrava com isso.

Texto

Flávio Leandro
(Cineasta, Professor de Produção de Cinema e Vídeo, Professor de Produção Teatral)

Por

Cineasta, roteirista, cronista, ilustrador, educador, nascido na Vila Santa Isabel, Zona Leste de São Paulo.

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